Odisseia
Perdoa este tolo marinheiro Na aventura cega de engolir o mundo Este tolo descontente com o finito No vão esforço de costurar linhas Para…

Perdoa este tolo marinheiro
Na aventura cega de engolir o mundo
Este tolo descontente com o finito
No vão esforço de costurar linhas
Para ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀lelas.
Tão bobo, almeja além-corpo
Quer encher a boca de estrelas
Ca
⠀ dentes
Delas extrair desejos
Pegar no nervo do impossível
Arrancar o mortal pela raiz.
Eia, há quem esteja vivo
E sequer mexa um dedo
Está numa mesa fria
Denominada medo.
Não me (ul)traje com flores de mortalha
Não me defunte assim tão cedo
Visto que a mim nunca é tarde
E tal atraso injustificado é minha falha.
Não me aguardes, ó vida!
Irei a passos de lesma
Mas de vontades ligeiras
Que alam tão corridas
E logo caem na lixeira.
Então, de quereres em quereres
Vou erguendo e destruindo
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀des
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀re
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀pa
Vou cerrando e abrindo
⠀⠀⠀⠀j ⠀⠀⠀⠀⠀ a
⠀⠀⠀⠀n ⠀⠀⠀⠀⠀e
⠀⠀⠀⠀l⠀⠀⠀⠀⠀⠀a.
